segunda-feira, 26 de maio de 2008

DIVISORES E DIVIDENDOS



Torcida é o reflexo do time. Não por acaso a esmeraldina anda tão dividida. Metade aplaude Harlei, metade lança vaia. Um dia admiram Ramalho, no outro o mandam pro Vila. Paulo Baier é sempre xingado, mas basta fazer um golzinho para que todo mundo o perdoe. O técnico até sábado era tolerado. Hoje, tem facas no pescoço. E assim vai...

Dentro de campo, a história vem sendo a mesma. Minha convicção veio na última quinta-feira, quando assistindo ao treino coletivo do time, vi Alex Terra receber inúmeras e redondas assistências até herdar o colete de titular que, não sei se por um toque de mágica (ou macumba?), falta de qualidade dos companheiros (porque então são titulares?) ou, na mais provável das hipóteses, corpo mole do time, simplesmente não recebeu um passe sequer. Exatamente como ontem, se a mim não falta senso nem memória (não necessariamente nesta ordem!).

Nos bastidores, as declarações de Pedro Goulart sobre o vice-presidente e advogado do clube, Dr. João Bosco Luz, simplesmente deram saliva aos bocas sujas da imprensa goiana que, agora, simplesmente têm o aval para falar, falar e falar. E assim vão fazer.

“Divisão” nunca foi uma palavra tão adequada para definir o atual momento do Goiás. E logo agora que tudo o que se precisava eram de coeficientes resultantes de operações binárias, cujo produto seria a única e viável solução para o elenco. Ou alguém nega a necessidade de um milagre da multiplicação?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

APARENTEMENTE BOM


Jogador de Série C reforça time de Série A? No caso Pituca-Goiás, sem sombra de dúvidas! Não à toa, o time vem tentando contar com o volante desde as épocas de Geninho. Primeiro porque os que já faziam parte do elenco, como são os casos de Amaral, Fábio Bahia e Danilo Portugal (esse já desintegrado), não vinham dando conta do recado. Depois porque os contratados, vindos do chamado futebol de “elite”, como Ramalho (ex-São Paulo, Beitar Jerusalém-ISR, Maccabi Tel Aviv-ISR) e Fernando (ex-São Paulo), não vêm fazendo a diferença. Ramalho até que ajuda. Além de disposição para marcar, vem também armando jogadas, algo que o aproxima do que chamam de volante moderno. Mas Fernando... é um verdadeiro desastre!

Como alternativa tinham ainda o jovem Ricardo que quando entrou até se portou bem, mas acabou não vingando; e o desconhecido Valmir Lucas, que sequer teve oportunidade e, por isso, continua desconhecido.

Como se vê, sobram motivos para que os torcedores fiquem no mínimo animados com Pituca. Se Ramalho é quase um volante moderno, o ex-atleticano é quase contemporâneo. Não por acaso assistiu inúmeras vezes seus companheiros rubro-negros e ainda marcou 3 gols durante o Campeonato Goiano. Destaque para a goleada de 7 x 2 contra a Anapolina em que Pituca foi simplesmente excepcional, não deixando dúvidas sobre os predicados à ele concedidos!

Quanto aos bastidores, o rapaz recebeu 30 mil de luva e acertou um salário também de 30 mil reais. Nem desprezo, nem exagero, tendo em vista o que andam ganhando vários pernas de pau do futebol. O boato de que um certo grupo no Goiás teria sido contra sua vinda, não passa de cornetagem.

A única verdade é que Pituca veio de empréstimo, e a maioria dos jogadores que dessa forma assina com o time, acaba não rendendo o esperado. Se no Goiás as expectativas são de que ele jogue ainda mais do que jogava no Atlético, fiquem de olho, pois assim como o contrato, o rendimento também pode ser temporário e descompromissado.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Vila Nova 2 x 1 CRB



SUFOCO

Minha alma calada grita,
Grita aturdida, boquiaberta
sem ao menos ter emitido um som,
um barulho qualquer, nem lamurio algum!
Pede socorro sem entender porque.
Ensurdecedor é o barulho interno,
repercutindo em todo meu ser,
ribombando em meu corpo
vibrando decibéis insuportáveis ao nervos que
trepidantes ao estimulo do agudo e estridente som,
deflagram a dor escondida,
rompendo as paredes finas da corrente sanguínea
em jatos fortes, pululantes de extrema força,
a força da emoção!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

PIADA DO DIA


Quais as cartas de baralho preferidas de Ronaldo Fenômeno?
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Resposta: Damas de paus!

NA SAÚDE E NA DOENÇA?


Caros torcedores esmeraldinos,

Acalmai-vos! A gravidade está aí para provar que a queda é o começo de tudo, mas o desespero, digo eu, é a pior das cabíveis soluções.

Cobrar é permitido. Acho até ser um dos maiores de vossos papéis. Mas crítica por crítica não vale. E vocês, que tanto clamam por justiça, lançando ao ar livre beija-flores estampados em notas de um real, sejam também justiceiros, pois Harlei é o menor dos culpados por essa algoz e, aparentemente, interminável crise.

Dizer que não estou em defesa do, há tempos, camisa um esmeraldino, seria assumir meu lado hipócrita. Mas se defendo é porque acredito em sua inocência. Primeiro porque tenho memória (coisa que muitos de vocês parecem ter perdido!). Segundo porque, apesar da fama, ninguém nunca provou ser mesmo ele o grande vilão que esquenta a fática panela esmeraldina.

Time é conjunto. E por mais que um tomate (“Hey Monara” - diz minha consciência – “coloque abacate para que a cor não se associe ao rival do referido time. Muitos torcedores vão lhe tachar de maliciosa, coisa que você não é!”), digo, abacate podre possa infectar todo o resto do balaio, não creio ter Harlei tamanha autoridade para envolver até os próprios produtores do fruto. Ou alguém duvida que se no bastidores ele tivesse mesmo tanta influencia, já não teria recebido o glamouroso convite de deixar o clube, como recebeu, por exemplo, Alex Dias?

Tudo tem seu preço. Ser líder então, é ver inflacionada tudo quanto é verba. Mesmo escolhendo o Goiás para dedicar metade de sua carreira (coisa rara hoje em dia), mesmo recusando melhores remunerações em outros escretes, e o mais importante, mesmo dando em campo o máximo de si, as pessoas desvalorizam a história simplesmente porque apontar um culpado é bem mais cômodo que culpar a pessoa, ou melhor, as pessoas certas.

Se cobrar é um de vossos papéis, apoiar é obrigação. Isso sim dá resultado. Vejam o exemplo dos porcos palmeirenses que na época dos homéricos frangos do camisa um Marcos (Harlei nem a esse ponto chegou), foram mais limpos que qualquer periquito e o ampararam! Tanto gritaram seu nome que hoje está aí, sendo novamente um dos melhores goleiros do futebol nacional.

O problema é que vocês querem milagres. E milagres só são assim chamados por serem raros, infreqüentes. Nem Gordon Banks defenderia duas vezes aquela antológica cabeça de Pelé. E isso, vocês precisam aceitar. Assim como precisam entender que a desgraça alheia pode tornar-se vossa. E é por isso que a voz do povo nem sempre será a voz de Deus. Assim eu espero!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

CASO ALEX DIAS


Alex Dias tinha tudo para se dar bem no Goiás. Identificado com o clube, com a torcida, com a cidade e, principalmente, com a diretoria, o chamado Pantanero já tinha uma história com o Verde. Sua primeira passagem, de 1995 à 1999, foi eficiente, gerou títulos ao Goiás e ainda lhe rendeu a chance de jogar no exterior. Cinco anos depois, ele voltou, marcou 22 gols com a camisa esmeraldina e se transferiu para o Vasco da Gama. Depois de passagens vitoriosas por São Paulo e Fluminense, voltou este ano e comprovou que muita coisa mudou: infelizmente para pior! Veja agora 8 motivos para não ficar triste com a saída de Alex Dias do Goiás:

1) ARTILHEIRO

Pelo Campeonato Goiano marcou 2 gols. Um na sua estréia, outro 5 rodadas depois.

2) SE DEPENDESSE DELE...

Pela Copa do Brasil marcou 2 gols em 5 jogos.

3) SOL, MAR E ÁGUA FRESCA

Contundiu-se no meio do campeonato. Dizem que jogando futevolei no Rio de Janeiro.

4) INFLUENTE

No final de março brigou com Artur Neto e Fabrício Mendes. De lá pra cá, as coisas coincidentemente pioraram no Goiás.

5) IRRITADO

Voltou a discutir com Fabrício Mendes e se desligou do Goiás.

6) RICO E EMBURRADO

Não gostava de falar com a imprensa. Preferia pagar multa.

7) QUASE IGUAL AO ROMÁRIO

Em seus 14 anos de Brasileirão, marcou 72 gols em 224 partidas. Isso significa que sua média era de 0,32 gols/jogo e que ele marcava um gol à cada 3 partidas.

8) PROCURA-SE ATACANTE

Com a saída dele a diretoria vai se sentir ainda mais pressionada a trazer reforços.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

SANTO HENRIQUE DE CASA




O primeiro reforço do Goiás, desde os fracassos na Copa do Brasil e no Campeonato Goiano, é um homem de zaga. Sinal de preocupação com o setor ou apenas o primeiro de vários por vir?

Ambas as opções. Um time que nos últimos quatro jogos sofreu quatro derrotas e ainda levou 10 gols, precisa não só de cautela, mas de total atenção com o sistema defensivo que depende não só dos sempre crucificados zagueiros, mas de todo um conjunto e postura da equipe.

De qualquer maneira, no final sempre acaba sobrando pros camisas 3 e 4. E o escolhido pelo Goiás para vestir uma dessas responsabilidades foi Henrique.

Em seu currículo vários títulos. Quase todos pelo Vasco da Gama, time em que mais atuou e fez sua carreira. A única curiosidade fica por conta da titularidade. Das oito conquistas acumuladas, Henrique esteve em campo em somente metade delas: 2000, 2001 e 2003 pelo clube carioca, e 2008 pelo Itumbiara, onde literalmente levantou a taça já que, além de titular, era o capitão da equipe.

Isso comprova o crescimento do rapaz que, se no ano passado conviveu com a indiferença do Vila Nova, hoje tem o respeito de todos pela bela campanha no Itumbiara e, justamente por isso, não só integra, mas literalmente reforça o time do Goiás. E como é bom ver nossos clubes finalmente valorizando os destaques do nosso futebol. Meu único pesar é saber que precisou o Corinthians o fazer primeiro para, só depois, acreditarmos que santo de casa faz sim milagres!

Ops!

No dia 13 de maio publiquei que no currículo do novo técnico do Altético, Mauro Fernandes, não constava sequer uma ascensão no Campeonato Brasileiro. Um dos leitores me alertou para algumas exceções, que depois averigüei com fontes mais seguras que a primeira por mim utilizada. Ficou confirmado que, em 2006, Mauro Fernandes subiu da Série C para a Série B com o Vitória da Bahia. Ficam então as descupas pelo equívoco e a torcida para que, aqui no Atlético, ele repita o feito!



terça-feira, 13 de maio de 2008

LEVANTA, DRAGÃO!


Confirmado ainda não foi, mas segundo Adson Batista, diretor de futebol do Atlético, está tudo mais do que encaminhado para a vinda de Mauro Fernandes, técnico escolhido para a indispensável tarefa de levar o time à Série B do Brasileirão.

Em seu histórico, nenhuma ascensão. Pelo contrário, no ano passado foi sob seu comando que o Santa Cruz acabou rebaixado para a Terceirona. Em compensação, se mostra um técnico estável, que em 24 anos de carreira passou por 14 clubes (número nada exagerado, principalmente com a cultura brasileira de não investir a longo prazo nos comandos técnicos), e acumulou em seu currículo 14 títulos.

Como todo profissional, aglomera altos e baixos. Seus melhores momentos se deram em 1996 e 1997, quando, pelo Goiás, conquistou o bi-Campeonato Goiano, e em 1998, quando foi Campeão Pernambucano de forma invicta pelo Sport e ainda colocou o time como um dos oito melhores da primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Pelo lado negativo, além do rebaixamento do Santa (maior escorregão de sua carreira), coleciona atuações pra lá de duvidosas no Vitória, no Bahia, no Gama, no Coritiba e no Botafogo, coincidentemente os maiores times que comandou.

É tranqüilo e motivador. Para o Atlético, o segundo predicado é mais que essencial. Mas confesso que para a beira do campo imaginei alguém mais vibrante, bruto, estourado. Aliás, foi essa a grande diferença entre Wladimir Araújo e Zé Teodoro.

Tudo bem que nem o marasmo nem a inquietação levaram o time ao lugar esperado. Mas os fracassos desse primeiro semestre não podem interferir no restante da temporada. Afinal, de abalado, já basta o novo técnico.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

COM O PÉ ESQUERDO



Nossos times estrearam, e como todos já sabem, não muito bem. Assim o digo porque futebol é resultado, e isso não veio nem pra Goiás, nem pra Vila Nova. O primeiro porque não fez por onde. O segundo porque o outro time foi ainda mais competente. Logo, os dois mereceram perder.

Com o Vila Nova eu talvez esteja sendo um pouco dura. Não assisti ao jogo, mas além de tê-lo ouvido pelo rádio, acompanhei tudo quanto é programa de esporte para ver e analisar tanto os melhores momentos, quanto os comentários de quem lá esteve. Pelo visto, o time foi muito bem e o que está na boca do povo é que "perdeu por fatalidade."

Se em futebol vencesse sempre o melhor, loteria esportiva sequer existiria. Por isso acredito na tal fatalidade ocorrida com o colorado. Se por um lado os três pontos não vieram, a principal característica vilanovense parece estar de volta: vontade! De qualquer maneira, prefiro esperar. Se quiserem, podem me acusar de ficar em cima do muro. Mas convenhamos, a maioria dos adversários vilanovenses eu só conheço no papel. E se querer fosse poder, bom... acho que agora eu estaria em alguma praia do Taiti ou da Croácia.

Se com o Vila, que foi bem, eu estou com um pé atrás. Com o Goiás, devo estar dando ré. Como a eliminação da Copa do Brasil e a perda do Campeonato Goiano desestruturaram o verde! A primeira, financeiramente. Com o dinheiro que o avanço nas próximas fases daria, o Goiás poderia contratar alguns dos reforços que necessita e ainda elevar nacionalmente seu nome. Algo para atrair verdadeiros patrocinadores, já que o time não pode sequer pensar em seguir sem uma marca estampada no peito. Afinal, futebol já virou negócio faz tempo!

Quanto ao Goianão, o desequilíbrio causado foi mesmo emocional. Além de Caio Júnior (que se não fosse bom, não estaria no Flamengo!), a rapaziada perdeu a confiança. E não só no time, mas em cada um de si. Cadê aquele Evandro habilidoso e inteligente, dono de belas e precisas conclusões? Alex Terremoto e seus gols e jogadas que tremiam os estádios? Ramalho e sua incansável disposição? Poxa, esses caras alimentaram nossas esperanças! E agora? Nos deixa com fome? Nem um pingo. De comida ruim, acho que ninguém gosta!

domingo, 11 de maio de 2008

CORTINAS ABERTAS


Senhoras e senhores, vistam suas camisas. A Série A do Brasileirão 2008 já começou! Em disputa, não só o bem maior chamado troféu. Ao longo de 38 rodadas estarão em jogo: título, Libertadores, Sul-Americana, e permanência na 4ª maior competição do mundo (atrás somente dos Campeonatos Italiano, Espanhol e Inglês).

Na disputa, os 20 melhores times do Brasil. Se em 37 anos de história, apenas 17 agremiações levantaram a taça, este ano, o título deve novamente ficar entre os sempre favoritos.
Em busca do primeiro hexa brasileiro e do primeiro tri-campeonato seguido, um atual nada-entrosado São Paulo, que no meio do ano deve perder jogadores fundamentais, como Adriano, Hernanes e Miranda. Mesmo assim uma força, um perigo!

Quem também está em busca do hexa é o Flamengo. Depois da linda arrancada do ano passado, o time deixou de ser mero coadjuvante pra virar ator principal e, inclusive, indicado a este verdadeiro Oscar do futebol. A base que em 2007 o levou do rebaixamento à Libertadores, foi mantida. Os reforços que chegaram vêm, ocasionalmente, decidindo (que o diga Diego Tardelli na final da Taça Guanabara); Além disso, a maior e mais bonita torcida do mundo também entra em campo. Pra chegar ao título, basta jogar fora de casa com a mesma raça que tem no Maraca.

O tal hexa também está na mira de Vanderlei Luxemburgo. Atualmente no Palmeiras, time em que conquistou seu primeiro bi-campenato brasileiro (93-94), o imbatível técnico chegou para papar mais títulos. O Paulistão já foi! E com um elenco à ponto de bala em mãos, vai dar trabalho no campeonato nacional. Com sua competência, fez o mago fazer mágica. Mas como no meio do ano, Valdívia deve desaparecer com um simples toque das varinhas européias (conformem-se palmeirenses, vosso ídolo já está vendido!), Luxa já vem moldando Léo Lima e Diego Souza para substituí-lo à altura. Alguém dúvida que ele consiga? Se por um azar, acabar não triunfando (algo em que acredito!), o Palmeiras anda verde de dinheiro. Problema resolvido!

Os altos investimentos também colocam o Fluminense como favorito. Além de vir muito bem na Libertadores, no Brasileirão o time quer cuspir com força os 23 anos de jejum engasgados nas gargantas tricolores. A defesa é consistente. Do meio pra frente é lindo de se ver. Além do, pra mim, melhor meia-esquerda do futebol nacional, Thiago Neves, o time ainda conta com o maior artilheiro de todos os tempos em um só Brasileirão, Washington (34 gols em 2004), e com Dodô, para quem não basta fazer gols: é preciso desenhá-los!

Inter e Cruzeiro, na minha opinião, fecham o grupo dos reais favoritos. Se sair disso, será surpresa. E como eu gosto de surpresas! Imagine um Santos triunfando na tentativa de repetir o plano “Sucesso sem investimento” de 2002? Ou mesmo um Botafogo, pra acabar de vez com qualquer vestígio de chororô? Pra sair do eixo Rio-São Paulo, que tal um Atlético Paranaense? E como agora coçaram os dedos pra digitar “que tal um Goiás?”. Infelizmente, a consciência não deixa! Aliás, que se cuidem esmeraldinos e ipatinguenses! O primeiro para provar que o susto do último ano serviu de lição, e o segundo por liderar o grupo dos grandes candidatos à desesperadora queda.

Se seu time vai sonhar com o título ou ter pesadelos com a Série B, não importa! Pior que sofrer, é não ter pra quem torcer. Que o digam os amargurados para quem eu hoje faço questão de desejar um ótimo campeonato!

sábado, 10 de maio de 2008

SEGUNDONA DE PRIMEIRA


A Série B do Brasileirão nunca teve uma edição tão histórica como será a de 2008. O motivo? Sem sombra de dúvidas o Corinthians.

Disputando pela primeira vez essa divisão, quem agradece são os organizadores que sabem que os estádios se transbordarão em recordes. Tudo porque um exército de mais de 17 milhões de pessoas vestem essa tal camisa roxa. Simplesmente o dobro da soma de torcedores de todos os outros times da Série B.


Para aqueles que não querem ou podem sair de casa, a solução se traduz em microondas e sinais radioeletricos, já que todos os 21 jogos do Timão serão transmitidos pela TV aberta, que pela primeira vez aposta na sempre disputada, mas só hoje valorizada, Segundona. Para se ter uma idéia só o faturamento das cotas de transmissão cresceram cerca de 300%, algo imprescindível para o investimento dos clubes.


Infra-estrutura e muita regularidade são pré-requisitos de um boa campanha e legado para aumentar não só audiências, mas principalmente o nível da competição. O título é importante, alcançar o acesso à tão sonhada Série A, é questão de vida ou morte. Na prática, são quatro campeões por ano. E as chances do Corinthians entrar nesse bolo é, indiscutivelmente, imensa.


Até as coincidências ajudam. Se na Série A os clubes que acabaram de subir estão entre os favoritos à queda no ano seguinte, na Série B quem chega num ano raramente cai. Ao contrário, a tendência é mesmo subir. E assim foi com Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Goiás, Atlético Mineiro, entre muitos outros.


Mesmo assim é bom que os alvinegros não se esqueçam um minuto sequer de São Jorge, pois além dos outros três times que caíram junto com o Corinthians, existem ainda a ameaça daqueles que subiram da C para a B. Segundo estatísticas, eles apostam e, quase sempre, triunfam no chamado passo de dois degraus. Bem à lá Vitória, América de Natal e Ipatinga que em uma única seqüência subiram da Terceirona para a tão almejada divisão de elite, que se não tomar cuidado, pode simplesmente deixar de ser assim adjetivada, afinal, a Série B nunca foi tão de primeira.




quinta-feira, 8 de maio de 2008

NÃO DÁ MAIS PARA ERRAR


Hoje é dia de falar do novo técnico do Goiás, Oswaldo Fumeiro Alvarez. Mais conhecido como Vadão, ele chega com expectativas bem menores que as da época de Caio Júnior, mas com números bem mais animadores em seu currículo. Além dos cinco títulos acumulados [Campeonato Paulista (2ª divisão) pelo Mogi-Mirim, em 1993; Campeonato Brasileiro (3ª divisão) pelo Guarani, em1995; Campeonato Paranaense pelo Atlético Paranaense, em 2000; Torneio Rio - São Paulo, pelo São Paulo, em 2001], ele ainda teve a competência (ou sorte?) de lançar ao mundo Káká e Rivaldo, na época, jovens em quem Vadão apostou para se consagrar.

E se um raio cai duas vezes no mesmo lugar, porque não poderia cair três? Apesar de não acompanhar as categorias de base do time esmeraldino, acredito no surgimento de novos Fenandões. E a ocasião nunca esteve tão propícia a isso. Além do perfil “caça talentos” de Vadão, o time está frágil e sem a esperança (e/ou dinheiro) de contratações milagrosas. Estratégia perigosa? Sem dúvida! Afinal, 2008 para o Goiás, deve, quase que obrigatoriamente, ser um ano de acertos, e não mais tentativas. Mas como Wanderlei Luxemburgo é só um, não resta outra opção, senão arriscar.

O último que apostou em Vadão foi o Vitória da Bahia. Campanha irregular, não. Ruim mesmo! Em 24 jogos, ele conseguiu 14 vitórias, 3 empates, e o extraordinário número de 11 derrotas. Extraordinário porque o time que tinha em mãos era bom. Não por acaso se consagrou campeão baiano. Mas a fama é de que o técnico é “paneleiro”. E o feitiço pode ter simplesmente virado contra o feiticeiro.

Em outros carnavais, bem maiores que o da Bahia, ele se deu bem. No Corinthians, em 2000, fez bonito. No São Paulo, em 2001 e 2002, fez melhor ainda. Conquistou o Rio-São Paulo no primeiro ano, e se não fosse o Santos de Diego e Robinho, certamente teria levado o título brasileiro no ano seguinte. Em times menores também mostrou certo potencial. Que o digam Mogi Mirim e XV de Piracicaba.

Independente das campanhas, algo complicado de se analisar devido à dinamicidade das equipes e do futebol em si, uma coisa é certa, mais estrela e sorte que o último técnico esmeraldino ele tem. Afinal, futebol é título, e isso ele já conseguiu; e pelo chocolate que o Flamengo levou ontem, se desclassificando de forma grotesca da tão sonhada Taça Libertadores, ficou provado que na hora h, não há ninguém mais azarento que o pobre Caio Júnior, que não precisou nem assumir, pra já derrubar o time.


terça-feira, 6 de maio de 2008

CHEGOU... PRA FICAR!


Os olhares de desconfiança foram inúmeros desde a chegada do zagueiro André Leone na Toca do Tigre. Primeiro por se tratar de um ex-esmeraldino. Segundo porque o rapaz já estava há cerca de quatro meses sem atuar no futebol. E por último devido à validade do contrato: até o dia 03 de Junho, ou seja, Campeonato Goiano e só!

Para o grande público, o Goianão terminou neste domingo. Para o Vila Nova, este já se foi há muito tempo. Enquanto isso, André Leone enrolou, pediu um aumento de quase 100% do salário (alguém me explica o porquê?), com a cera deve ter conseguido pelo menos uns “milim” a mais, e no final das contas, novela resolvida: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

Quem ganha com isso? Carlinhos, ora! Que até o final do ano tem alguém para dividir tamanha responsabilidade de compor a problemática zaga vilanovense, assim adjetivada simplesmente porque no final do último ano a diretoria colorada liberou os campeões e atualmente melhores jogadores da posição no futebol goiano: Henrique e Anderson Santos. O motivo? Fácil de explicar. Simplesmente não quiseram pagar a mais uns tais “milim”, que no final das contas, acabaram saindo dos cofres vilanovenses... só que para um outro bolso. Tomara que não muito mais fundo!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O PORQUÊ


Quatro minutos. Bastou isso para que a previsibilidade desse lugar à certeza. Se assim como eu, você apostava na força, no mando de campo e na tradição (a verdadeira culpada da minha cega e insistente confiança no time da capital) do Goiás, nada melhor que uma seqüência de três baldios ataques esmeraldinos nos três primeiros minutos e um gol do célere contra-ataque tricolor para nos dar um preâmbulo do massacre que seria aquele jogo. Afinal, 3 x 0 não foi feio, foi pouco!
Digo isso porque desde que Fábio Oliveira se machucou aos 8 minutos da primeira partida da final, estava cantado em verso e prosa que a estratégia tricolor seria na íntegra confiada à rapidez de Landu e Basílio no contra-ataque. Chavão? Sim! Então porque o Goiás não fez diferente para a todo custo driblar esse plano nada secreto? Simples: porque não deu conta. E isso, se prova por A mais B mais C mais D...
O jogo
Cinco minutos após o gol de Landu, pênalti pro Goiás. Quem pega a bola não é Paulo Baier, mas Schwenck. Antes dele errar, ninguém criticou a atitude. E se alguém o fez, errou! Afinal dos oito gols que ele marcou durante todo o campeonato, metade foi dessa forma. Logo, ele tinha cacife e confiança pra bater. "Decisão é diferente"- foi o que me disseram. Mas pra quem não se lembra, PB, no jogo mais decisivo dos últimos tempos, rebaixou duas vezes e, exatamente dessa forma, o pobre Goiás que, se não tivesse Djalma Teixeira e Élson para ressuscitar o time, estaria na Série B aonde hoje o Corinthians chupa uva. De volta a Schwenck, digo: errar é humano. Mas calma, confesso também que insistir no erro é burrice. Do pênalti em diante o Goiás partiu com tudo para o ataque. Dos sete lances de perigo até o final do primeiro tempo, seis foram do time esmeraldino. E realmente bastou uma só chance para que o Itumbiara honrasse o maior e único objetivo do futebol: o gol!
Segundo tempo e os cinco minutos iniciais foram a cópia fiel do ocorrido na primeira etapa. Goiás, Goiás, Goiás, Goiás e goooooooool.... do Itumbiara! O restante me recuso a falar. Afinal, não sou papagaio para ficar repetindo as coisas. Prefiro enfocar o chamado elas por elas.
Harlei ou Sérgio? Tanto ao longo do campeonato quanto na final, Sérgio deu um banho. Além de ter sido o goleiro menos vazado de toda a competição, quando precisou, mostrou serviço. Não que Harlei tenha falhado em algum dos gols, mas também não fez milagre como fez o goleiro tricolor na falta que Paulo Baier cobrou aos 23 do segundo tempo.
Claudemir foi um exímio lateral. Não cruzou, mas também não deixou Fabinho cruzar (se é que ele sabe fazer isso!). Na zaga, Anderson e Henrique foram literalmente perfeitos. Anularam toda e qualquer possibilidade de reação do Goiás e ainda viram Schwenck desperdiçar um pênalti que eles sequer cometeram. Justiça feita: aqui se faz, aqui se paga!
Do lado do Goiás, defendi Ernando e Paulo Henrique durante muito tempo, afinal impedir o contra-ataque itumbiarense era uma responsabilidade que começava lá na frente. Contudo o terceiro gol do Itumbiara me provou que eles também têm culpa no cartório.
Na lateral direita esmeraldina, sinceramente lembro-me de ter escutado o nome Alex Ferreira apenas três vezes. Praticamente invisível em campo. Tiago Fernandes fez a ótima função de ocupar o lado esquerdo do Itumbiara pra deixar Saci livre no meio. Meio que defensivamente era composto por Leandro Carvalho e Totó que inicialmente anularam Paulo Baier e Evandro, mas depois desencanaram ao perceberem que os meias esmeraldinos não ofereceriam risco algum. Espelho invertido de Wellington Saci que, como em todo o campeonato e em especial nessa fase final, desequilibrou para o Gigante da Fronteira. Isso fora Caíco que, dos três gols itumbiarenses, deu passe pra dois. Eficiência pura!
No ataque, situações também opostas. Enquanto o Itumbiara foi iluminado pela contusão de Fábio Oliveira, já que a rapidez de Basílio ao lado do mais veloz ainda Landu, foi estrategicamente determinante para as duas vitórias sobre o Goiás, e se não fosse pela distensão, nem eu, nem você, nem PC teria coragem de tirar um dos artilheiros do campeonato para colocar qualquer outro (tanto é verdade que ele começou jogando o primeiro jogo da final), o Goiás pecou pela falta de ritmo de Alex Terra, de sorte de Schwenck e de percepção de Caio Júnior.
Aliás, como pecou o técnico esmeraldino nessas duas partidas finais. Além da escalação equivocada, das substituições erradas (e demoradas!), e da falta de estratégia tática para desbancar o brio adversário, no final da partida assumiu a derrota de uma maneira que quase anunciava: “Tenho um novo destino. E é o Flamengo Clube Regatas.” Essa aposta eu não esperava perder!
PC Gusmão, sem comentários. Desde a primeira rodada do campeonato colocou o tricolor na zona de classificação, manteve a regularidade durante toda a competição e nas finais, vencendo com mérito os 4 jogos mais importantes da vida do time, deu um show de caneta e prancheta. Nota 10!
Tudo isso mostra a igualdade de Goiás e Itumbiara em termos de merecimento. O primeiro de perder e o segundo de ganhar. E como estou feliz por ter sido surpreendida. Afinal, é bom saber que enquanto os bastidores estiverem trancados, em campo vai vencer sempre o melhor. E pra acertar na previsão, basta não fechar os olhos pra isso!