quinta-feira, 24 de julho de 2008

HÁ SOLUÇÃO

Era para ser pior. Se não fossem os empates dos outros oito times que integram as 10 melhores colocações da Serie B, o Vila Nova hoje estaria em situação bem mais crítica do que está.

Delicada ela já é. Se por um lado, o time fica a “apenas” quatro pontos do G4, por outro, está a somente seis do Fortaleza, o primeiro daqueles que integram atualmente a zona de rebaixamento.

Reforços são sim necessários, mas o primeiro passo pode começar a ser dado com aquilo que já se tem em mãos. Que Givanildo é um excelente e vitorioso técnico, todos sabem. Mas que já está passando da hora dele adaptar um outro esquema ao time, também não há duvidas.

Não digo nem o 3-5-2, já testado e reprovado pelo comandante colorado. Aliás, minha contra-indicação não se deve ao fato de não ter dado certo, que isso fique bem claro. Além de ter sido utilizado por meros 35 minutos no campeonato, seu aproveitamento deixou a desejar mais por falta de treinamento e adaptação imediata dos jogadores, do que por falha do próprio esquema.

Para mim, o ideal seria mesmo o 4-5-1, com três volantes (no caso Heleno, Guilherme e Leandro - ou Alisson), um meia (Alex Oliveira tem a preferência), Reinaldo de meia-atacante e, na frente, Túlio de centroavante.

Wando ficaria de primeira opção no banco como arma para incendiar, por exemplo, um segundo tempo, virar um placar, ou mesmo segurar a bola no ataque.

Dessa forma, os laterais ficariam mais livres, o que hoje, pelas características de cada um, já se mostra essencial na equipe colorara, pois em Fernandinho as características de marcação são nulas, e Osmar, pela sua qualidade, merece mais liberdade lá na frente.

Com necessidade, mas sem perspectivas de contratações, pelo menos por enquanto, essa seria a solução mais viável para o Vila Nova que, se realmente almeja a Série A, deve encarar as próximas seis rodadas como decisão. Afinal, terminar o primeiro turno entre os quatro melhores já daria o gostinho de um sabor jamais provado pelo Tigre: o lá de cima!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

ÚLTIMA RODADA


Em Goiás, tempo frio e, pelo visto, SECO!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

CANTANDO NA CHUVA


Cinco representantes goianos jogaram neste final de semana pelas Series A, B e C do Campeonato Brasileiro, e todos viraram a rodada com pelo menos um ponto a mais na tabela. Méritos para os times da capital que saíram todos vitoriosos de seus confrontos.

Na Terceirona, o Itumbiara arrancou um empate do Legião fora de casa e o Anápolis, regular, saiu com um ponto do Jonas Duarte. O Atlético teve um inicio de jogo complicado diante do desconhecido Águia Negra. Bastante fechado, o time do Mato Grosso do Sul impôs dificuldades às jogadas ofensivas do rubro-negro, mas acabou não resistindo por muito tempo. Mais uma vez brilhou a estrela de Marcão que, além de fazer seu gol, ainda sofreu o pênalti que deu origem ao segundo, cobrado por Róbston. Só o tempo dirá, mas por enquanto a garra e o esforço convertidos em gols, vêm provando que mesmo sem muita habilidade, o humilde homenzarrão do interior da Bahia, é a grande esperança do ataque e maior candidato a ídolo da torcida atleticana nesta temporada.

Pela Serie B, o Vila Nova mostrou que futebol encanta porque surpreende. Com um desempenho que oscilou entre o bom e o razoável (não necessariamente nesta ordem), o colorado voltou à Goiânia com o que interessa: o resultado. Além de finalmente espantar a praga das derrotas fora de casa, o time volta a integrar o G4. Nesta terça-feira próxima tem a chance de provar se o veneno que afastou a maldição é também suficiente para exterminá-la. Para mim, falta gás na inseticida.

Se para o Vila a sina eram os jogos fora, para o Goiás o tabu se dava em pleno Serra Dourada. E nada melhor que um Fluminense sem poder de reação a longo e curto prazos para ajudar o Verdão a quebrar essa escrita. Na retranca, mas com muita vontade, bastou um gol para que tudo se definisse em um jogo em que fizesse primeiro, ganhava. Assim me pareceu e assim o foi.

Que na próxima rodada eu tenha o prazer de criticar como hoje: comemorando uma chuva de pontos!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

PASSADO

Foi realmente lamentável, mas a perda da Taça Libertadores deve com urgência se tornar passado para o Fluminense. Lanterna do Campeonato Brasileiro, que já vai para sua nona rodada, o tricolor carioca não se pode dar ao luxo de requerer tempo para a reabilitação, assim como fez, por exemplo, o São Paulo que, mesmo acostumado a grandes decisões, demorou cerca de 15 dias para se reerguer no campeonato nacional.

O baque do Flu foi imensurável. Ver um sonho quase concreto escorrer pelas mãos e superar os abalos físicos e psicológicos que essa final de Libertadores trouxe ao clube, são tarefas árduas, mas não a pior das realidades com as quais o time precisa lidar. O maior nocaute é o inevitável desmanche. Este sim poderá fazer do segundo melhor das Américas, um mero figurante no Brasil - na menos drástica das hipóteses.

Gabriel e Dodô são ausências já confirmadas. O primeiro vai para o Panathinaikos da Grécia e o segundo já estaria acertado com o Atlético Mineiro. Os Thiagos Silva e Neves muito dificilmente resistirão à janela européia, já que a Europa também muito dificilmente resistirá ao futebol de cada um. Isso fora os menos evidentes, aqueles que nós só saberemos de suas transferências quando os passaportes já estiverem em mãos.

Nenhum time brasileiro tem atualmente um elenco que suporte grandes perdas. Por isso, o Fluminense tem de agir o mais rápido possível, pois o que lhe resta agora é somente o Brasileiro, e sem nenhuma vitória, com o pior ataque da competição, somente 12% de aproveitamento, há 16 pontos do líder e maior rival, Flamengo, e há 13 da zona de classificação para o próxima Libertadores, contratação e superação são as únicas e alternativas para o maior vice-campeão do ano.

terça-feira, 1 de julho de 2008

VERGONHA DENTRO E FORA DE CAMPO


A torcida é o reflexo do time. Se na tabela, o Goiás está nas últimas posições, nas arquibancadas ninguém está pior.

O total de 9.995 pagantes e a média de 3.332 torcedores nos 3 jogos que o time realizou no Serra Dourada (Goiás 1 x 1 Atlético-MG, Goiás 1 x 1 Ipatinga, Goiás 0 x 3 Grêmio), ocupam simplesmente a última colocação do campeonato no quesito público.

Em renda, o representante goiano também deixa a desejar. Com um total de R$183.230,00 e média de R$61.076,67 nos 3 jogos em Goiânia, o Goiás perde apenas para o Figueirense, que em público é o 16º, mas por cobrar pouco pelo ingresso (os preços variam de 5 a 40 reais, sem contar as meias-entradas), acaba sendo o último colocado nas cifras arrecadadas.

Para se ter uma noção, a representatividade do público goiano para a Série A é de apenas 1,11%; o de renda, de somente 1,37%.

Ruim para o Goiás, que continua sem patrocínio. Ruim para o Estado, que põe em jogo, nada mais nada menos, que uma Copa do Mundo.