sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

DARWIN EXPLICA


As forças estão cada vez mais equiparadas no Goianão. Na última rodada, por exemplo, os dois únicos invictos caíram. O Santa Helena foi derrotado pelo Trindade e o líder Crac acabou não resistindo à Anapolina. Os outros três jogos envolveram os times da capital. Aliás, boa quarta-feira para os goianienses. O Vila Nova, por exemplo, recebeu a Canedense no OBA e fez bem sua parte: venceu por dois gols de diferença, o que não acontecia desde março do ano passado. Isso acaba mostrando uma evolução do sistema ofensivo, que só tende a melhorar. Não só pela volta do consagrado Roni (a contratação do ano no futebol goiano), mas também pela expectativa sobre novos valores. Eu, por exemplo, aposto em Anderson Melo. O antigo Iporá (esse é o apelido que ele pediu – a tempo – para ser enterrado) treina bem e, em sua primeira participação, mostrou boa movimentação e oportunismo. Acho que finalmente chegou a hora de elogiar o Vila. Ainda não há nada conquistado, muito menos uma garantia de temporada vencedora, porém, este já é o melhor início de Goianão desde os últimos 5 anos; mesmo com dificuldades, o time segue na zona de classificação para as semifinais (o que não acontece desde 2005) e, para mim, a principal evolução: o time trabalha calado! A diretoria nem tanto. Apesar de não ter feito alarde com Roni, entrou na onda de parte da imprensa e errou em escolher o dia do clássico para a apresentação do jogador. Com Roni ou sem Roni, o OBA iria lotar no sábado! E se Robinho foi apresentado em uma plena segunda-feira, por quê Roni não poderia? Ainda assim, acho esse erro perdoável, fruto de empolgação e não necessariamente de uma necessidade de resposta. Isso a diretoria já aprendeu. A melhor maneira de revidar críticas é acertar em seu planejamento e contratar não com pressa, mas com precisão. Sábado pode vir o primeira resultado dessa nova filosofia. Se não acontecer, o segredo é seguir calado e em frente, afinal, o adversário não é um mero rival, mas simplesmente o melhor de Goiás na atualidade. Sim, o Atlético é tudo isso! Ainda mais dentro do Campeonato Goiano em que sua maior defeciência ainda não foi explorada pelos adversários. Certamente por falta de capacidade, já que, ao contrário de José Saramago, não acredito em cegueira generalizada. Acredito é em um ataque inquestionável. O único do estado que acompanha a média dos grandes de Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul. Logo, todo mundo só tem a ganhar com esse jogaço de sábado. Inclusive o Goiás, que, durante a semana, só saiu da lanterna e da zona de rebaixamento graças ao triunfo dos rivais, e, no fim de semana, se finalmente conseguir fazer a sua parte, aproveita para evoluir. Já está na hora!


Um comentário:

Éder dos Santos disse...

Olá Monara,

Tenho acreditado que 2010 seria diferente para o Vila desde o dia que resolveram pagar um salário para o presidente, independentemente de quem assumisse o cargo. Então creio que os elogios para o Tigre são merecidos desde dezembro de 2009. Não que eu acreditasse que o time teria títulos esse ano mas com certeza não teria meia centena de contratações infantis, se aproximariam da torcida e prestariam contas, isso já era uma avanço.
Mas a surpresa esteve no time que está se formando, com certeza bem acima do esperado pelos colorados.
Não vejo como erro de forma alguma a apresentação do craque Roni no clássico, o Vila tem que cumprir algumas ações de marketing para honrar os compromissos com o jogador, uma delas é a venda da camiseta personalizada com a foto do rapaz. Sendo assim o Roni não vai ao OBA para lotá-lo mas sim porque estará lotado, vendendo, portanto, muita camiseta. Os últimos dois meses para o Vila têm devolvido a auto-estima do torcedor que nos últimos anos apenas sofreu.