terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

DE VOLTA PARA O FUTURO


A edição 2010 do Campeonato Goiano já no seu princípio tem um grande motivo para marcar a história do estadual. Conseguiu reunir em Goiânia os maiores ídolos da década de 90: Lindomar, Fernandão e, agora, Roni. Em comum, a chance de aqui iniciarem suas carreiras e daqui revelarem-se para o mundo do futebol.


O inhumense Lindomar começou com conquistas e vai terminar de forma honrosa sua carreira no Atlético. Cresceu no clube e, logo de cara, fisgou o primeiro título rubro-negro da Série C do Brasileirão, em 1990. Ganhou fama, passou por grandes times do futebol brasileiro, mas acabou voltando ao rubro-negro em 97. Se ficou devendo, 10 anos depois retornou para não deixar dúvidas: em 2007, sagrou-se campeão goiano; em 2008, foi o único jogador a conquistar junto com o time o bi-campeonato da Série C Brasileira; e, no ano passado, ajudou o Atlético no inédito acesso à divisão de elite do futebol nacional.


Fernandão foi ainda mais longe. Com 12 anos, entrou no Goiás. Aos 16, foi promovido pelo técnico Allan Kardec às categorias de base. Em 95, subiu para o profissional e, daí em diante, não saiu mais do coração dos esmeraldinos. Também pudera, protagonizou a maior sequência de conquistas do time entre os anos de 96 e 2001: o pentacampeonato goiano, duas copas centro-oeste e ainda a maior estrela da camisa esmeraldina - aquela que representa o título do Campeonato Brasileiro da Série B. A partir daí, consagrou-se internacionalmente (literalmente!) e voltou prometendo o que o time ainda não tem: Libertadores e a tão quista estrela-dourada. Por enquanto, a responsabilidade assumida está maior que o futebol jogado. Ainda assim, o status de ídolo segue conservado. Cabe a ele não mancar com seu contrato e reencontrar suas já comprovadas habilidades.


Roni é o novato entre os veteranos. Acaba de voltar às origens, depois de 14 anos. Em 1995, foi revelado pelo Vila. Em duas temporadas fez 30 gols, conquistou um estadual e a ainda a Série C de 96. Dez anos depois, voltou ao futebol goiano, levantou mais uma taça, mas vestindo a camisa do rival. O que não tirou o carinho dos colorados que prometem receber de braços abertos o mais novo reforço vilanovense e, acima de tudo, um velho e sempre bem-vindo ídolo para o futebol goiano.

Um comentário:

Éder dos Santos disse...

O mais interessante:
Fernandão: a torcida e a diretoria o querem longe e os cofres cheios.
Lindomar: a idade chegou e 90 minutos são eternidade para o rapaz que só esquenta o banco do Dragão.
Roni: anima a torcida a cada toque na bola (vide Vila 4X0 CRAC), porém sem ritmo.

Espero que essa realidade do futebol goiano mude, que tenhamos craques atuantes em momentos decisivos.