terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PARADINHA NÃO PARA




Pra muitos, arte. Pra outros, paradinha. Alguns denominaram paradão. Nomes a parte, o gol de Neymar no clássico diante do São Paulo parou espectadores e críticos, que dividem opiniões sobre o recurso utilizado nas cobranças de pênalti.

O adversário, claro, não gostou nem um pouco. Rogério Ceni, dessa vez, deixou falar mais alto o goleiro do que o exímio cobrador de faltas e penalidades máximas que é. Ele, que por várias vezes se utilizou da paradinha, foi o primeiro a questionar o gol de Neymar. Logo após a partida, pediu ao atacante santista que aproveitasse, pois só no Brasil ele poderia fazer o que fez.

Quem concordou foi Kaká, que por meio de seu twitter, confirmou que esse tipo de jogada não é aceita na Europa, possível destino de Neymar.

A proibição ainda não faz parte das regras do futebol, mas muito em breve deve ser oficializada pela Fifa. No final do ano passado, o presidente da instituição, Joseph Blatter, disse que se trata de uma infração e que o árbitro deve punir com cartão amarelo o jogador que se utilizar do recurso.

A paradinha já foi tema de reunião da International Board, órgão que regulamenta as regras do futebol. Mas, como ainda não se trata de algo ilegal, pelo menos por aqui, só resta aos goleiros seguir a tendência e PARAR... de reclamar, pular nos cantos, saltar antes da hora e, enfim, usar criatividade, capacidade de previsão e talento para rebater a surpresa!

DE VOLTA PARA O FUTURO


A edição 2010 do Campeonato Goiano já no seu princípio tem um grande motivo para marcar a história do estadual. Conseguiu reunir em Goiânia os maiores ídolos da década de 90: Lindomar, Fernandão e, agora, Roni. Em comum, a chance de aqui iniciarem suas carreiras e daqui revelarem-se para o mundo do futebol.


O inhumense Lindomar começou com conquistas e vai terminar de forma honrosa sua carreira no Atlético. Cresceu no clube e, logo de cara, fisgou o primeiro título rubro-negro da Série C do Brasileirão, em 1990. Ganhou fama, passou por grandes times do futebol brasileiro, mas acabou voltando ao rubro-negro em 97. Se ficou devendo, 10 anos depois retornou para não deixar dúvidas: em 2007, sagrou-se campeão goiano; em 2008, foi o único jogador a conquistar junto com o time o bi-campeonato da Série C Brasileira; e, no ano passado, ajudou o Atlético no inédito acesso à divisão de elite do futebol nacional.


Fernandão foi ainda mais longe. Com 12 anos, entrou no Goiás. Aos 16, foi promovido pelo técnico Allan Kardec às categorias de base. Em 95, subiu para o profissional e, daí em diante, não saiu mais do coração dos esmeraldinos. Também pudera, protagonizou a maior sequência de conquistas do time entre os anos de 96 e 2001: o pentacampeonato goiano, duas copas centro-oeste e ainda a maior estrela da camisa esmeraldina - aquela que representa o título do Campeonato Brasileiro da Série B. A partir daí, consagrou-se internacionalmente (literalmente!) e voltou prometendo o que o time ainda não tem: Libertadores e a tão quista estrela-dourada. Por enquanto, a responsabilidade assumida está maior que o futebol jogado. Ainda assim, o status de ídolo segue conservado. Cabe a ele não mancar com seu contrato e reencontrar suas já comprovadas habilidades.


Roni é o novato entre os veteranos. Acaba de voltar às origens, depois de 14 anos. Em 1995, foi revelado pelo Vila. Em duas temporadas fez 30 gols, conquistou um estadual e a ainda a Série C de 96. Dez anos depois, voltou ao futebol goiano, levantou mais uma taça, mas vestindo a camisa do rival. O que não tirou o carinho dos colorados que prometem receber de braços abertos o mais novo reforço vilanovense e, acima de tudo, um velho e sempre bem-vindo ídolo para o futebol goiano.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

DARWIN EXPLICA


As forças estão cada vez mais equiparadas no Goianão. Na última rodada, por exemplo, os dois únicos invictos caíram. O Santa Helena foi derrotado pelo Trindade e o líder Crac acabou não resistindo à Anapolina. Os outros três jogos envolveram os times da capital. Aliás, boa quarta-feira para os goianienses. O Vila Nova, por exemplo, recebeu a Canedense no OBA e fez bem sua parte: venceu por dois gols de diferença, o que não acontecia desde março do ano passado. Isso acaba mostrando uma evolução do sistema ofensivo, que só tende a melhorar. Não só pela volta do consagrado Roni (a contratação do ano no futebol goiano), mas também pela expectativa sobre novos valores. Eu, por exemplo, aposto em Anderson Melo. O antigo Iporá (esse é o apelido que ele pediu – a tempo – para ser enterrado) treina bem e, em sua primeira participação, mostrou boa movimentação e oportunismo. Acho que finalmente chegou a hora de elogiar o Vila. Ainda não há nada conquistado, muito menos uma garantia de temporada vencedora, porém, este já é o melhor início de Goianão desde os últimos 5 anos; mesmo com dificuldades, o time segue na zona de classificação para as semifinais (o que não acontece desde 2005) e, para mim, a principal evolução: o time trabalha calado! A diretoria nem tanto. Apesar de não ter feito alarde com Roni, entrou na onda de parte da imprensa e errou em escolher o dia do clássico para a apresentação do jogador. Com Roni ou sem Roni, o OBA iria lotar no sábado! E se Robinho foi apresentado em uma plena segunda-feira, por quê Roni não poderia? Ainda assim, acho esse erro perdoável, fruto de empolgação e não necessariamente de uma necessidade de resposta. Isso a diretoria já aprendeu. A melhor maneira de revidar críticas é acertar em seu planejamento e contratar não com pressa, mas com precisão. Sábado pode vir o primeira resultado dessa nova filosofia. Se não acontecer, o segredo é seguir calado e em frente, afinal, o adversário não é um mero rival, mas simplesmente o melhor de Goiás na atualidade. Sim, o Atlético é tudo isso! Ainda mais dentro do Campeonato Goiano em que sua maior defeciência ainda não foi explorada pelos adversários. Certamente por falta de capacidade, já que, ao contrário de José Saramago, não acredito em cegueira generalizada. Acredito é em um ataque inquestionável. O único do estado que acompanha a média dos grandes de Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul. Logo, todo mundo só tem a ganhar com esse jogaço de sábado. Inclusive o Goiás, que, durante a semana, só saiu da lanterna e da zona de rebaixamento graças ao triunfo dos rivais, e, no fim de semana, se finalmente conseguir fazer a sua parte, aproveita para evoluir. Já está na hora!