OUTROS TEMPOS...

A melhor campanha deste segundo turno, com 11 pontos conquistados em 18 disputados. O melhor saldo, com 15 gols marcados e 7 sofridos. Uma seqüência de duas vitórias consecutivas, sendo uma goleada massacrante na última rodada. Tudo isso aproximou o Grêmio dos líderes e do sonho de continuar disputando uma vaga na Libertadores e, por que não o título? Para isso, é importante vencer seu próximo confronto, diante de um concorrente pra lá de direto: o Goiás, que hoje abre o G4, com 3 pontos a mais que o tricolor gaúcho, o mesmo que vale uma vitória no Domingo. Facilidades o time não vai encontrar, afinal, o Goiás, além de qualificado, joga em casa, e o Grêmio como visitante é uma verdadeira lástima! Até agora, apenas 1 vitória fora do Olímpico. E os empecilhos não param por aí. O clima quente e seco de Goiânia preocupa tanto os gremistas que a até a viagem do time foi antecipada para sexta-feira. O tempo realmente é outro: de provar quem dessa vez vai mais longe. Domingo que o diga!

PRECISANDO MOSTRAR SERVIÇO

A promessa era tão alta quanto os investimentos para ter Vanderlei Luxemburgo novamente no comando do Santos. Porém, os 450 mil reais pagos em dia, mês após mês, não vêm rendendo os resultados esperados. Vislumbrando, pelo menos, uma vaga na Copa Libertadores, Luxemburgo não conseguiu sair da zona intermediária da tabela, mesmo lugar que seu antecessor, Vagner Mancini, ganhando beeeem menos, deixou o clube, ao ser demitido no início de julho. Sua quarta passagem pelo alvinegro teve início na 13ª rodada, contra o Atlético-PR, na Vila Belmiro. Antes do jogo, o time se encontrava na 13ª colocação. Desde então, foram 6 vitórias, 4 empates, 3 derrotas e um mero 12º lugar, ou seja, somente uma posição acima do conquistado por Mancini. O objetivo Libertadores segue quase tão longe quanto. Se antes de Luxemburgo, o Santos se encontrava a somente 7 pontos do G4, hoje está a 6. Porém, é bom lembrar que dos 13 jogos sob seu comando, 8 foram em casa e o mau aproveitamento faz o time da baixada ter simplesmente seu pior aproveitamento como mandante na era dos pontos corridos. Se o tempo de comando é pouco para embalar o time na competição, as mudanças no elenco já são muitas: Roberto Brum e Domingos foram dispensados e 6 reforços, indicados pelo próprio Luxemburgo, foram contratos pela diretoria. Desses, somente o lateral George Lucas e o volante Émerson estrearam. O restante composto pelo goleiro Sérgio, o zagueiro Edu Dracena e os atacantes Jean e Gil, até agora nada.

PONTOS CORRIDOS: CAEM OS PONTOS, AUMENTAM AS EMOÇÕES

Nível caindo ou competitividade aumentando? A cada ano, observa-se uma queda de aproveitamento do campeão brasileiro. Desde que o campeonato começou a ser disputado no sistema de pontos corridos, os times levantam a taça fazendo um número menor de pontos que no ano anterior.

Verdade que a queda está cada vez menos drástica, porém, a tendência é que continue caindo. Em 2003, por exemplo, apesar de ter tido um número maior de jogos, 46 no total - já que 24 clubes disputavam a divisão de elite, o Cruzeiro chegou ao número recorde de 100 pontos conquistados.

No ano seguinte, com o mesmo número de partidas, o Santos foi campeão com somente 89, ou seja, 11 a menos que os mineiros.

Em 2005, o Corinthians deixou a média cair 7 pontos, mas é bom lembrar que a disputa era com outros 21 times, ou seja, havia um número um pouco menor de jogos.

De 2006 pra frente, sempre 20 times, jogando cada um 38 vezes. Fórmula mantida, pontuação ainda em queda. O tricampeonato do São Paulo começou com 78 pontos, caindo para 77, em 2007 e para 75, no ano passado.

Este ano, a tendência é que não só a pontuação, como também a diferença do primeiro para o segundo colocado também diminua. Nunca na história dos pontos corridos, tivemos um Brasileirão com tantos times e com pontuações tão próximas.

Hoje, o líder Palmeiras e o vice-líder São Paulo têm os mesmos 44 pontos. Somente ganhando 11 e empatando, pelo menos, 1 dos 13 jogos restantes é que eles teriam chances de superar a pontuação final da última edição.

Por outro lado, a proximidade dos rivais, indica o alto nível de disputa. O terceiro colocado, Internacional, está há 1 pontinho do lugar mais alto da tabela, 43. O Goiás vem logo atrás, na 4ª colocação, com 42. E a briga vai muito além do G4. Atlético Mineiro, Grêmio, Avaí, Flamengo e Corinthians estão matematicamente muito próximos de, pelo menos, uma vaga na Libertadores.

Se for pra diminuir os pontos, mas aumentar as emoções, os torcedores e o sempre questionado sistema de pontos corridos é que agradecem!

PARECE, NAS NÃO É BRINCADEIRA!

A goleada por 3 x 0 sobre o Bahia, na última rodada, voltou a dar esperanças ao ABC, que deixou a lanterna da competição e se vê cada vez com mais chances de deixar a zona de rebaixamento, de onde saiu somente uma vez nesta competição - ainda na 6ª rodada do 1º turno. Para o próximo confronto, sábado, diante do Vila Nova, no Serra Dourada, a equipe terá os desfalques dos zagueiros Fabiano, que recebeu o 3º amarelo, e Rafael Pedro, lesionado. Em compensação, contará com os retornos dos volantes Augusto Recife e Fausto, além do meia Gedeon, todos voltando de suspensão. O técnico Flávio Lopes vive ainda a expectativa de poder contar com os charas Rogério, volante, e Rogerinho, lateral. Não é brincadeira de criança, mas esta presa o Vila não pode deixar escapar, sob pena de ocupar a mesmíssima situação futuramente!

BATER PRA ELIMINAR

A derrota para o Guarani, na última rodada, não desviou o Figueirense de seu objetivo - o retorno à divisão de elite. Sétimo colocado com 36 pontos, ele tem pela frente um concorrente direto à vaga: o Atlético Goianiense, hoje com 8 pontos a mais e 4 posições a frente. Como armas, o técnico Márcio Araújo terá os retornos do volante Jeovânio, recuperado de lesão, assim como Rafael Coelho, um dos artilheiros da Série B, com 12 gols, que já vem despertando o interesse de grandes times, como Palmeiras, Internacional, Cruzeiro e até do rival de Série B Vasco. No setor defensivo, quem pode estar de volta é o zagueiro Régis, que cumpriu suspensão na última partida. Por outro lado, o lateral-direito Lucas, autor de um dos gols diante do Guarani, levou o terceiro cartão amarelo, e deve dar lugar a Ale. Os dois reforços apresentados essa semana, Roberto Brum, vindo do Santos, e Maicon, vindo do futebol alemão, encontram-se fisicamente à disposição, porém, ainda sem inscrição no BID, é provável que nenhum estréie na sexta-feira. Mais um motivo pro Atlético não ter dó! Nada de jogar fechadinho, isto não é Atlético. Atlético é ir pra cima pra eliminar mais um distante, porém, possível candidato ao acesso.

MATAR OU...

O empate diante do Coritiba tirou do Corinthians a condição de líder deste segundo turno. Mas nada que esfrie as expectativas do time em busca de mais um título, o terceiro na temporada. A diferença para o Palmeiras, atual líder, é de 7 pontos, porém as equipes ainda se enfrentam neste 2º turno. Aliás, confronto direto é o que não vai faltar nas próximas rodadas. Além do clássico diante do São Paulo, daqui duas rodadas, o Timão enfrenta, neste domingo, o Goiás, hoje a somente 2 pontos e 1 posição do rival alvinegro. Quem ganhar, fica com a 5ª colocação e próximo, bem próximo, do Atlético Mineiro, time que hoje abre o G4. A torcida entende o momento. Mais de 10 mil ingressos já foram vendidos de forma antecipada. E atrativos não vão faltar. Além da briga pelo título, Ronaldo pode finalmente retornar a equipe e Defrederico, o meia argentino contratado recentemente, está bastante cotado para fazer sua estreia. Com ou sem eles, é o jogo da rodada!

GOIANOS VERSUS ARBITRAGEM

O som do apito é o que mais vem incomodando os times goianos. A cada rodada, vemos pelo menos 1 de nossos 3 representantes no Brasileirão reclamar - e reclamar muito da arbitragem.

Os jogos mais recentes refletem esta realidade. O Atlético, contra a Ponte Preta, não se conformou com dois lances de gol que culminaram na vitória dos paulistas. A principal reclamação do Vila Nova foi há duas rodadas, na partida diante do São Caetano, quando o árbitro Charles Herbert Cavalcante confirmou o gol de uma bola que não ultrapassou a linha por inteiro. O Goiás, em uma seqüência de 7 partidas, teve 8 jogadores expulsos, muitos deles de forma bastante duvidosa.

A lista de todos é pra lá de vasta e perdura por quase todo o campeonato.

O Atlético não se esquece, por exemplo, do Vasco - tanto no primeiro, quanto no segundo turno; do final do jogo contra a Portuguesa; de Vagner Tardelli na partida diante do Ceará; entre várias outras ocasiões.

O Vila reclama, principalmente, dos jogos contra Fortaleza e Paraná, além de árbitros e assistentes de Alagoas, em geral.

No Goiás, as expulsões diante de Náutico, São Paulo, Coritiba e Internacional pelo Campeonato Brasileiro; e contra o Atlético Mineiro pela Copa Sul-Americana, até hoje dão o que falar.

Como se pode ver, motivos não faltam. E, por isso, é bem provável que a Federação Goiana de Futebol, atendendo a antigos pedidos dos clubes da capital, ainda nesta semana, se dirija ao Rio de Janeiro para tratar do problema com autoridades da instituição máxima do futebol brasileiro, a CBF.

Que renda resultados!

ÊH BRIGUINHA BOA

O Brasil entra em campo hoje já classificado para a Copa da África, mas motivo é o que não falta para que os jogadores encarem a partida como uma verdadeira final. Primeiro porque vale a manutenção isolada na liderança das Eliminatórias, depois porque esta é a hora de cada um garantir seu lugar definitivo na seleção. Qualidade todos têm, mas a cada dia que passa a concorrência aumenta. Os que vinham sendo titulares chegaram aonde todos esperavam, na Copa. As suspensões de Lúcio, Ramires, Kaká e Luís Fabiano, além da contusão de Robinho, abriram as portas para os reservas, há muito ávidos por uma oportunidade. Como se não bastasse, outros 4 foram convocados de última hora: André Dias, Cleiton Xavier, Diego Souza e Diego Tardelli. Assim, fica bem mais difícil entre eles, mas, para o alívio dos torcedores, bem mais confortável para a seleção, afinal, o leque de qualidade nunca esteve tão escancarado.

RINDO À TOA

Kaká, Ibrahimovic, Messi, Terry e Lampard formam o seleto grupo dos jogadores mais bem pagos do mundo. Nesta terça-feira, o jornal “Sport” da Espanha divulgou uma lista mais curiosa: a dos técnicos mais ricos da atualidade! E advinha quem está com o bolso mais cheio? Ele, Luiz Felipe Scolari, é hoje o comandante mais bem pago do mundo! A façanha se deve àquele velho ditado: há males que vêm para o bem! Lembra fevereiro, quando o pentacampeão mundial foi despedido do Chelsea? Pois é... além da multa rescisória que lhe rende 8 milhões de euros por ano, ele ainda assinou um contrato com o Bunyodkor, do Uzbequistão, que lhe paga mais cerca de 7 milhões, ou seja, a cada quatro estações, Felipão ganha 16,6 milhões de euros, o que em reais representa quase 43 milhões. A lista conta com mais 9 nomes, os mais curiosos sendo de José Mourinho, segundo colocado ganhando 11 milhões de euros, e de Roberto Mancini, o mais privilegiado dos desempregados: 6 milhões de euros por ano desde que foi demitido da Internacionale de Milão.

Confira a lista:

1. Luiz Felipe Scolari - Bunyodkor - € 16,6 milhões

2. José Mourinho - Inter de Milão - € 11 milhões

3. Fábio Capello - Seleção da Inglaterra - € 8,8 milhões

4. Alex Ferguson - Manchester United - € 7 milhões

5. Roberto Mancini - sem clube (ex-Inter) - € 6 milhões

6. Carlo Ancelotti - Chelsea - € 6 milhões

7. Manuel Pellegrini - Real Madrid - € 5,5 milhões

8. Van Gaal - Bayern de Munique - € 5,2 milhões

9. Guus Hiddink - Seleção da Rússia - € 5 milhões

10. Arsene Wenger - Arsenal - € 4,8 milhões

PROBLEMAS LÁ FORA

As dimensões continentais do Brasil convenceram a FIFA a escolher 12 e não 10 cidades para sediar a Copa do Mundo de 2014. Porém, segundo reportagem divulgada, esta semana, na Folha de São Paulo, a falta de estrutura e verba para o financiamento das obras, além da demora para lançar o edital de licitação, podem excluir duas delas. Antes mesmo de serem divulgados os nomes das possíveis excluídas, a CBF já se pronunciou negando a possibilidade. ”O COL (Comitê Organizador Local) em momento algum admitiu reduzir o número de sedes para 10, nem sequer pensou em tal hipótese.”, declarou a Confederação, em nota oficial, divulgada em seu site. Sobre as críticas do secretário-geral da FIFA ao Morumbi, a CBF não se pronunciou. Segundo Jerome Valcke, o estádio não tem condições de abrigar nem o jogo de abertura e muito menos os jogos decisivos da competição, como semifinais, final ou disputa do 3º lugar. A principal reclamação é em relação ao espaço externo que possui poucas rotas e não tem estacionamento. A diretoria são paulina se defendeu dizendo ter incluído no projeto a construção de um edifício-garagem. Além disso, conta com a chegada do metrô no local para sanar as dificuldades relacionadas ao transito.

AFINAL, ESTÁ MAIS PRA QUE CRAQUE?

O dia 12 de dezembro de 2008 marcou para sempre a temporada 2009 e, de quebra, a história do futebol brasileiro. Neste dia, Ronaldo Fenômeno foi apresentado ao Corinthians e, de lá pra cá, as portas para o repatriamento de verdadeiros craques, felizmente, se escancarou.

Depois dele, pelo menos, 5 grandes nomes voltaram ao país. Fred deixou o pentacampeão Lyon para reforçar o Fluminense. Adriano abandonou a inquestionável Internacionale de Milão e veio para o time do coração. Fernandão largou toda a riqueza do Qatar e voltou às origens. Vagner Love fez o mesmo pelo Palmeiras. E Rochemback, do Sporting, caiu no Grêmio, maior rival do Inter, time que o revelou.

Todos estão novos, variam de 25 a 33 anos, já vestiram a camisa da melhor seleção do mundo, já conquistaram vários títulos por equipe e títulos também pessoais. São simplesmente inquestionáveis no mundo do futebol. Mas aqui, na realidade brasileira, está mais pra quem?

Ronaldo, eleito por 3 anos o melhor do mundo, até agora, junto ao Corinthians, conquistou tudo que o time disputou, entretanto, vive o constante problema das lesões. Que o digam a mão, a lipo e atual situação corinthiana.

Adriano também tem currículo invejável e a sua parte até que vem fazendo no Flamengo. Já é vice-artilheiro do Brasileirão com 10 gols, mas, além de não ser o salvador da pátria, ainda gosta de faltar um treininho aqui, outro acolá...

Fred, até agora, foi o que menos rendeu. Além dos pouquíssimos gols, há quase 2 meses desfalca o time por lesão. Detalhe: o Fluminense não vingou na Copa do Brasil e no Brasileirão... bom, não precisa nem falar!

Fernandão teve recepção de popstar e pra lá de merecida, afinal, só para o Goiás ele já deu 7 títulos. Ainda não faz nem 1 mês que o jogador se apresentou, é cedo para julgar. Porém, todos concordam que depois do único lance por ele protagonizado (sim, a expulsão!), ele está mais pra déficit do que crédito!

E por falar em ter o que provar, Vágner Love e Rockemback que fiquem de olho. Para o primeiro a responsabilidade é manter apaixonada a torcida alviverde e, claro, dar ao time o tão sonhado (e próximo!) título brasileiro. Rockemback chega pra conquistar a torcida desconfiada de um ex-rival que hoje o adota como grande esperança para uma eventual classificação à Taça Libertadores. Os erros dos demais estão aí, pra ambos verem. Resta saber se vão conseguir superá-los, afinal, o Brasil até para craques não é brincadeira.

CADA VEZ MELHOR

Os confrontos faziam desta 22ª rodada a mais importante de todo o campeonato até aqui. Sim, tínhamos o G4 inteiro se enfrentando, tínhamos clássico, tínhamos luta desesperada contra o rebaixamento e tudo isso ainda foi pouco diante de números tão marcantes. Os santos de casa fizeram milagre... é que nenhum visitante venceu. Ok! Tivemos 5 empates. Mas TODOS pra lá de emocionantes. O único 0 x 0 foi simplesmente um jogaço. Que o digam Rogério Ceni e Marcos, os verdadeiros donos da partida. Com exceção do 1 x 1 entre Atlético Mineiro e Sport e do 2 x 2, ainda no meio da semana, entre Barueri x Corinthians, só tivemos empate com muitos, muitos, muitos gols. Vitória e Cruzeiro, Botafogo e Grêmio, fizeram 3 gols cada um, rendendo, nada mais nada menos que 12 à rodada. E por falar em render gol, os mandante que não empataram, venceram... e venceram bem! Todos por pelo menos dois gols de diferença. O Coritiba acabou com a invencibilidade de 11 jogos do Avaí, exatamente com esse placar: 2 x0. O mesmo fez o Santos que afundou ainda mais o pobre Fluminense. O Flamengo fez ainda melhor: 3 x 0 sobre o Santo André. Mas goleada, goleada mesmo, quem deu foi o Inter: 4 x 0 no Goiás, com direito a gol massacrante! Foi realmente um estrago... Resultado: 32 gols, média de 3,2 por partida e, claro, estádios cada vez mais lotados. Só o Morumbi recebeu mais de 41 mil pagantes. A média da rodada foi de 17 mil torcedores por jogo. E se o ótimo nível for mantido dentro de campo, não tem erro: as arquibancadas estarão cada vez mais coloridas.