Quem disse que no sistema de pontos corridos não há decisão? O time que assim pensar, certamente não irá longe na Série A do Campeonato Brasileiro. O Goiás já provou desse veneno e por três anos, desde que a fórmula de disputa foi adotada. Em 2003, primeiro ano dos pontos-corridos, os esmeraldinos pouca importância deram às partidas iniciais. Durante quase todo o primeiro turno, a equipe amargou a zona de rebaixamento até acordar a tempo de disputar uma outra decisão: o título simbólico do segundo turno. Tudo começou bem, ao todo foram 16 jogos de invencibilidade, passando por cima de grandes times do futebol brasileiro, incluindo o campeão daquele ano, o Cruzeiro. Mas nada como um gol solitário, porém, devastador como este de Sérgio do Fortaleza, que acabou dando fim não só à boa seqüência, como ao sonho da primeira conquista na Série A. Em 2005, o objetivo era ainda maior, simplesmente o real título da divisão de elite. Depois de oscilar entre a 6ª e a 2ª colocações, o time teve duas grandes oportunidades de assumir a inédita liderança, mas esbarrou em ambas e, em pleno Serra Dourada. Primeiro diante do Inter. Depois contra o Fluminense. Ontem, foi dia de mais uma vez viver essa mesma situação. A sorte é que ainda há tempo para se perceber que em pontos corridos, cada jogo é uma verdadeira final.
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