quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O PEQUENO NOTÁVEL

A noite era grande, as torcidas enormes, as expectativas imensas, mas Iarley foi maior que tudo isso. Há apenas dois meses no clube, ele rende e mostra que mesmo com pouco, é possível fazer muito.

Artilheiro do time com sete gols, pode-se dizer que no mínimo 12 dos 23 pontos conquistados pelo Goiás, se devem a ele. A questão não é desprezar a coletividade, mas exaltar, enaltecer e altear quem de fato vem fazendo a diferença.

Só contra o Santos foram 2 gols. Diante do Flu, 1 bastou para dar ao time 3 pontos. Contra o Cruzeiro, ninguém esquece a perfeição daquela cobrança de falta. E agora, pobre Flamengo... mal podia imaginar que no auge de seus 34 anos, ainda havia força, pique e mira nos pés do isolado camisa 9.

Isso, mesmo sozinho lá na frente, ele faz miséria. Bem verdade que o esquema só o deixa isolado no papel. É sabido que Romerito e quase sempre os dois alas o apóiam lá na frente. Mas em meio a outros 8 atacantes, ele é mesmo o único merecedor das duas avantes posições. Ou alguém mais no elenco alviverde marca gols, arma jogadas e segura a bola no campo adversário como ele?

Notável é pouco para tamanha grandeza!







quarta-feira, 6 de agosto de 2008

FACA, QUEIJO E VINHO NA MÃO


Não foi um jogo espetacular. Pelo contrario, por vários minutos foi até chato de se ver. Mas dar show em uma hora dessas é como 10 mil colheres quando tudo o que se precisa é de uma única faca. Isso, o necessário era a vitória e a objetividade foi o que afiou o Vila nessa competição onde quem não corta, é simplesmente cortado.

Para se ter uma idéia, com os três pontinhos anotados nesta terça, o Vila subiu uma mera posição. Agora imagine o que seria voltar de Sampa com uma derrota ou mesmo o tal “considerado bom resultado” empate. Tragédia numérica e psicológica na certa!

Competência com pitada de sorte foi o segredo do Vila contra o Barueri. Assim como pregado no discurso da semana, o plano de primeiro evitar o gol adversário, para depois tentar marcar o seu, foi cumprido literalmente a risca.

Um pouco insegura, a defesa por alguns momentos se deixou intimidar e sinceramente... não sei pelo quê. Aliás, foi justamente ao perceber que não tinha nada a se temer, que as coisas, tanto na zaga, quanto nos demais setores, foram melhorando. Apesar de ter construído as melhores chances, principalmente no primeiro tempo, o time paulista não tomou conhecimento de um tal “E é o Max”, tampouco conseguiu evitar a conseqüênte predominância colorada no restante do jogo.

Posse de bola é o primeiro dos quesitos a comprovar este domínio. Porém, foi a disposição do time, tanto em termos de posicionamento como de vontade, o que, de fato, desequilibrou e, enfim, comprovou a tal competência a qual me referi há alguns parágrafos.

Sorte, acho que nem é preciso explicar. Aos 46 do segundo tempo, estar naquele exato lugar, e ainda ver o zagueirão do Baru escorregando como quiabo em sebo, foi como dar a faca e o queijo, de bandeja, a Alex Oliveira.

O vinho veio depois, como conseqüência para brindar a vitória e também a combinação de alguns resultados, a exemplo das derrotas de Juventude e Ponte Preta, que permitiram ao colorado não o sexto lugar, mas, acima de tudo, a reaproximação numérica dos quatro melhores ate então.

E o que esperar do “todo poderoso” Corinthians no sábado? Bom, a certeza de um time longe de ser imbatível e bem perto de sua segunda derrota na Série B. Afinal, o Vila Nova nunca esteve tão embalado. E se não for agora, não vai ser nunca mais!