segunda-feira, 7 de abril de 2008

EU E NOSTRA JÁ SABÍAMOS


Demorou, mas finalmente foram definidos os confrontos do quadrangular final deste Goianão 2008. Mesmo com previsibilidades à solta, torcidas, times e imprensa tiveram de esperar toda a fase classificatória, ao todo 17 jogos, para conhecerem quem enfrenta quem nessas semi-finais.
Surpresas ao longo do campeonato? Sim, tivemos várias! Quem imaginaria, por exemplo, que o CRAC, sensação da Série C do Brasileiro do ano passado, não chegaria uma vez sequer à zona de classificação e ainda terminaria como o 4º pior time da competição? Quem acreditaria na surpreendente reação da pobre Anapolina que nem arroz, muito menos feijão (caríssimo!), tinha a oferecer aos seus jogadores? E quem apostaria numa eliminação precoce da segunda maior força do futebol goiano, o Vila Nova, diante do surpreendente Anápolis, que entrou literalmente pra não cair? E os 4 x 0 que os colorados levaram do Atlético? Nem um perito em futebol apostaria esse resultado na loto! Alias, falando em Atlético... Conseguiu sua primeira vitória somente depois de 4 jogos, oscilou nas últimas posições até a 10ª rodada e, depois da chegada do heróico e, para mim, melhor técnico dessa fase classificatória, Zé Teodoro, despontou para muitos como favorito ao título já que, diferentemente do Goiás que começou bem e foi caindo de rendimento (apesar da indiscutível campanha), o rubro-negro soube a hora de crescer!
São essas imprevisibilidades que dão graça e seguram todos até os 90 minutos da finalíssima. Mas como comentarista esportiva, estou aqui para apontar os melhores, os piores e, inclusive, o campeão com dias de antecedência. Na minha profissão, errar sempre foi conseqüência. O importante é falar! Números ajudam, são legais, e dizem muito! Assim como coincidências. Aliás, foi pensando nessas duas coisas que há exatos 66 dias entreguei a taça ao Goiás. O porquê? Além de um time bem montado, de uma excelente estrutura, de contratações acertadas (destaque para a comissão técnica), e uma folha de pagamento de 1 milhão e 800 mil por mês, me baseei nas últimas 4 finais do Goiano, em que sempre o vice-campeão de uma edição, no ano seguinte acabou papando o título. E pra quem não recorda 2007: Atlético 2 x 1 Goiás.
Fora os esmeraldinos, qualquer um poderia deletar este parágrafo acima. Afinal, todos os outros 3 que integram o quadrangular final apresentam números e coincidências de sobra para roubar do Goiás a taça que eu já lhe concedi. O Atlético, por exemplo, tem o melhor ataque, o melhor saldo de gols, muito dinheiro e no ano passado, quando se consagrou campeão, começou tão mal como neste ano (sua primeira vitória também veio na 4 ª rodada). O Itumbiara também tem muito dinheiro, jogadores bastante experientes, técnico de série A, está desde a primeira rodada do campeonato na zona de classificação e este ano ganhou bonito dos 3 grandes da capital: Goiás, Atlético e Vila Nova. Além disso, pega na semi-final o Atlético, time que desbancou 3 vezes nos últimos 4 confrontos que teve com a equipe. Olho neles, Dragão! O Anápolis também não fica pra trás. Primeiro time a se despontar no conturbado Grupo 1, garantiu a classificação em cima do Vila Nova, desbancou o Itumbiara em pleno JK e foi o único time a não perder para o Goiás na primeira fase, com uma vitória em plena Serrinha e um empate no Jonas Duarte.
Apesar de tantos indícios e dicas pra eu não me meter em apontar favorito, honro minha condição de cronista esportiva e sigo com a mesma opinião do terceiro parágrafo que, por enquanto, segue em negrito. E que o fim do campeonato, trate de deletá-lo, porque eu não o faço.

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