
Fênix ressurgiu de suas próprias cinzas, o Atlético de alguns destroços. A bela história iniciada em 2 de abril de 1937, colorida até então por 8 taças do campeonato regional, por um Torneio Integração e pelo primeiro título nacional de um clube goiano, a Série C de 1990, foi manchada em 2001, quando o estádio Antônio Accioly foi demolido para a construção de um shopping. Torcedores e dirigentes interferiram e acabaram dando início à construção de uma nova era: a era das conquistas! 2005 foi o start, o rubro-negro sagrou-se campeão da 2ª divisão do Campeonato Goiano e, no ano seguinte, já mostrou que era ali o lugar das cores vermelha e preta. Conquistou o vice-campeonato, deixando o grito de campeão, guardado há 18 anos, para 2007. Neste ano, o Dragão reapareceu, inclusive, nacionalmente, ao derrubar o poderoso Grêmio nas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Conquista mesmo, só em 2008. De forma inquestionável, tornou-se bicampeão da Série C, algo inédito para o futebol goiano. Hoje, 2009… bom, é uma longa história! Uma história que, claro, terminou com o som de um apito. No estádio Alfredo Jaconi, chegou ao fim uma realidade que não mais pertence ao Atlético. As orações, rodinhas e pulinhos pós-jogo representaram um enorme salto para o lugar mais alto do futebol nacional, a Série A. E como o time, a festa pela conquista cresceu: em pouco tempo e de forma alastrada. A torcida, sempre tachada de pequena, mostrou que é tão grande quanto o time. Segundo a Polícia Militar, cerca de 1.500 pessoas foram prestigiar os heróis rubro-negros no aeroporto Santa Genoveva. E quem disse que não havia espaço pra todo mundo? Crianças que não falam, lá sorriram. Jovens se declararam confundindo sua própria história com a do clube. A fiel velha-guarda esbugalhou o orgulho, há tanto tempo guardado, e, hoje, no topo da longa trajetória atleticana. A festa realmente era, ou melhor, é de todos! Enquanto os jogadores pulavam, gritavam, tinham suas camisas arrancadas pelos torcedores/fãs, a diretoria fazia questão de dividir os méritos, que, de fato, é mesmo de muita gente. A começar lá de cima, com Valdivino, Maurício, Ádson, Jovair; da comissão técnica atual e anterior, afinal, Artur Neto só bateu, categoricamente, é verdade, o pênalti sofrido por Mauro Fernandes; dos jogadores, não há como negar que eles são a verdadeira e maior estrela; dos patrocinadores e funcionários, que cumpriram com suas respectivas funções; do torcedor, que se no estádio não marcou muita presença, durante todo o campeonato acreditou piamente na força rubro-negra, hoje, a todos comprovada. Tudo isso cala os destroços deixados pela ganância de 2001. O Antônio Accioly não nasceu para ser shopping. Nasceu para ser o estádio do Atlético, hoje, um dos 20 melhores times do melhor futebol do mundo. Respeito às cores! É simplesmente com isso que atleticanos em geral vão ter que conviver daqui pra frente.
A histórica FICHA TÉCNICA
Juventude 1 x 3 Atlético-GO
Local: Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul-RS
Público: 12.426 pagantes
Renda: R$ 43.973
Árbitro: Nielson Nogueira Dias-PE
Cartões amarelos: Leandro Amaro, Rafael Cruz, Alysson (Atlético-GO); Lauro (Juventude)
Gols: Agenor 29'/1T, Marcão 7'/2T, Juninho 11'/2T (Atlético-GO); Marcos Denner, 43'/2T (Juventude).
Juventude:
Juninho; Da Silva, Douglas e Bruno Teles; Bruno, Walker, Lauro (Tiago Renz), Lopes (Léo Dias) e Ivo; Zezinho e Mendes (Marcos Denner). Técnico: Ivo Wortmann.
Atlético-GO:
Márcio; Rafael Cruz (Wesley), Jairo, Leandro Amaro e Alysson; Agenor (Leandro Carvalho), Pituca, Róbston (Ferreira) e Elias; Juninho e Marcão. Técnico: Artur Neto.